quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Cartas de Lisboa | Yitro




Yitro


F.W. McCleave - In this 1877 lithograph, Moses is shown receiving the Ten Commandments on Mount Sinai.



Dez Mandamentos, Duas Tábuas


Os Dez Mandamentos são lidos na Parsha desta semana. Muitos dos comentários discutem a sua ordem e estrutura.


O que é particularmente interessante é a sua divisão em duas tábuas. Qual é a razão pela qual os mandamentos são divididos em duas tábuas diferentes?


Dom Abarbanel vê a principal distinção entre as duas tábuas como uma distinção entre dois tipos de mandamentos.


Os mandamentos que regem a relação entre homem e D-us são incluídos na primeira tábua. "Eu sou o Senhor vosso D-us", e assim por diante. Enquanto a segunda tábua apresenta as leis e regulamentos relativos a relações interpessoais. "Não matarás", etc.


É por esta razão, explica, que cada um dos cinco primeiros mandamentos, contem o nome de D-us várias vezes, mas o nome de D-us não está contido no segundo grupo de cinco.




O Tzror Hamor, o Rabino Abraão Sabá, compara o relacionamento entre as duas tábuas com a relação entre o corpo e a alma, onde os dois se tornam uma unidade inseparável.


Na mesma linha o Rebe, descreve os Dez Mandamentos como um microcosmo do que é na essência a revelação de Sinai. Uma fusão de ideais elevados e nobres com realidades terrenas e mundanas.


Enquanto "Não roubar" parece talvez ser intuitivamente lógico como algo a não fazer, os Dez Mandamentos exortam-nos a "não roubar", não só porque tal é errado mas também porque não o fazer é a expressão física de uma profunda verdade espiritual.


Quando considerados deste ponto de vista, a divisão dos Dez Mandamentos em duas partes fornece-nos um mandato. Para mesclar as realidades do nosso corpo e da nossa alma, do céu e da terra, uma essência unificada.



Shabat Shalom!

Cortesia do Rabino

Eli Rosenfeld
chabadportugal.com



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