sexta-feira, 2 de março de 2012

Marrocos



A cidade azul

Chefchaouen




Vamos conhecer a bela  cidade de Chefchaouen.  Fica em Marrocos, e é um dos destinos turísticos mais populares do país.  Esta cidade tem uma história incrível.

Chefchaouen é famosa pelos seus edifícios e ruas azuis, relíquias de uma velha tradição da população judaica da cidade.



A cidade foi fundada pelos mouros exilados da Espanha, em 1471, como uma pequena fortaleza para repelir os ataques dos invasores portugueses no norte do Marrocos. Após a reconquista espanhola, a pequena vila tornou-se um dos maiores locais de refúgio para mouros e judeus e, durante sua estada, eles conseguiram deixar sua marca na cidade, o que a tornou muito especial hoje em dia.




O nome Chefchaouen vem de “chauen”, que significa chifres em espanhol. Isso se refere ao formato das duas montanhas com vista para a cidade. Mas o seu nome não é estranho, nem o artesanato original dos artistas locais, ou o queijo de cabra delicioso do lugar que atrai a maioria dos turistas para Chefchaouen. São as casas e edifícios pintados de azul, uma tradição herdada dos antigos moradores judeus.




Na Bíblia, os israelitas recebiam ordens para tingir um dos fios de seu talit (xale de oração) de azul, com tekhelel. Tekhelel era uma velha tintura natural, processada a partir de uma espécie de marisco. Com o tempo, sua produção entrou em colapso e o povo judeu eventualmente se esqueceu de como fabricá-la.
Mas, em homenagem ao mandamento sagrado, a cor azul ainda estava entrelaçada ao tecido de seus talits. Quando eles olham para a esta coloração, pensam no céu azul, e no D'us que fica acima de tudo e de todos.

Hoje, a população judaica de Chefchoauen não é tão numerosa como foi naquela época. Ainda assim, a cidade moderna preserva os atributos da antiga: praticamente todos na cidade ainda seguem essa tradição e, frequentemente, renovam a pintura azul de suas casas.

Judeus Marroquinos


Marrocos é o único país árabe a preservar uma comunidade judaica. Os primeiros judeus vieram a Marrocos há mais de dois mil anos atrás e, muitos bérbers se converteram ao judaísmo nos séculos subseqüentes.
A comunidade judaica foi muito diversificada por refugiados da Inquisição espanhola e por imigrantes durante a ocupação francesa. Desde os anos sessenta, cerca de trezentos mil judeus marroquinos emigraram principalmente para Israel, permanecendo ainda no país, provavelmente, cerca de dez mil.
Os judeus são a única minoria religiosa reconhecida oficialmente a quem é permitido levar a nacionalidade marroquina. O rei Hassan II desempenhou um papel significativo atrás dos holofotes no processo de paz no Oriente Médio, e a maior delegação estrangeira que compareceu a seu funeral era a de Israel.
Existe um sentimento anti-judaísmo entre os marroquinos e muitos sentem maior desconfiança e antipatia pelos judeus do que pelos cristãos. Como na Europa, os judeus em Marrocos sofreram discriminação e experiências de massacre durante a idade média e posterior. Entretanto, muitos marroquinos se orgulham da marca de sua nação quanto à relativa tolerância com a minoria judaica.
Hoje os judeus gozam de plenos direitos como cidadãos e alguns ocupam altas posições no reino. Sua contribuição para a economia é significante.
Judeus marroquinos observadores tendem a ser ortodoxos e imunes às tendências liberais do Ocidente.


Descrição da preparação de um casamento judeu em Marrocos no ano de 1832



Jewish Sephardic wedding song from Morocco


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