sábado, 11 de fevereiro de 2012

À procura de Sefarad em Portugal

 
 

Apesar de não abundar a literatura sobre o judaísmo português, é já possível construir uma pequena biblioteca sobre os trajectos do sefardismo e do marranismo. Destacam-se alguns títulos, sem preocupação exaustiva.
 

Dois dicionários condensam nomes, biografias e temas: "Dicionário do Judaísmo Português" (coordenado por Lúcia Liba Mucznik e outros) e "Dicionário Histórico dos Sefarditas Portugueses - Mercadores e Gente de Trato" (dirigido por A.A. Marques de Almeida).
Jorge Martins publicou em três volumes a obra "Portugal e os Judeus", que depois sintetizou na "Breve História dos Judeus em Portugal". No mesmo registo, pode ler-se o texto fundamental de Carsten L. Wilke, "História dos Judeus Portugueses".
 

Ainda no domínio da história do judaísmo português, podem ler-se "A Herança Judaica em Portugal" e "As Judiarias de Portugal", ambos de Maria José Ferro Tavares.
Sobre trajectos mais específicos, foi agora reeditada a obra já clássica de Samuel Schwarz sobre os judeus de Belmonte, "Os Cristãos-Novos em Portugal no Século XX". Maria Antonieta Garcia estudou o "Judaísmo no Feminino" e "Os Judeus de Belmonte", também investigados por David Augusto Canelo em "Os Últimos Criptojudeus em Portugal". António Carlos Carvalho contou a história d' 2Os Judeus do Desterro de Portugal", Avraham Milgram publicou um ensaio sobre "Portugal, Salazar e os Judeus" e Fátima Sequeira Dias estudou os judeus dos Açores nos séculos XIX e XX em "Indiferentes à Diferença". Em tempo de centenário republicano, Jorge Martins estudou ainda as relações mútuas entre "A República e os Judeus".
 
 
Não sendo judeu, Aristides de Sousa Mendes salvou milhares de vidas de hebreus e o seu retrato foi escrito por Rui Afonso em "Um Homem Bom". Outros perfis biográficos são os de "Gracia Nasi", a mais importante judia sefardita portuguesa, contada por Esther Mucznik, e "Jacob de Castro Sarmento", de António Júlio de Andrade e Maria Fernanda Guimarães. Estes mesmos autores recuperaram uma saga familiar em "A Tormenta dos Mogadouro na Inquisição de Lisboa". Elvira de Azevedo Mea e Inácio Steinhardt contam a história do capitão Barros Basto, ou Ben Rosh, que procurou resgatar do esquecimento os marranos de Belmonte. E João Vila-Chã conta, em inglês, a vida e obra de Judah Abravanel: "Amor Intellectualis? Judah Abravanel and the Intelligibility of Love".
 

Texto clássico de um judeu português, a "Consolação às Tribulações de Israel", de Samuel Usque, está também disponível. E Ana Bela Santos cruza registos históricos com a ficção em "Fala Yael Castelo de Vide, os Judeus e a Inquisição".
 
 

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